Política

Salário do prefeito de Divinópolis é 155% superior ao salário do governador do Estado

Está tramitando na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Projeto de Lei 415/2023, que prevê um reajuste de 298% nos salários do governador Romeu Zema (Novo), do vice-governador, dos secretários-adjuntos e dos secretários de Estado (ver matéria aqui). Os salários do governador, do vice e dos secretários de estado estão congelados desde 2007, motivo pelo qual é pleiteado um aumento de quase 300%.

Chama a atenção o fato de o governador e seu primeiro escalão receberem hoje vencimentos muito inferiores do que a maioria dos prefeitos de Minas Gerais. O vencimento do governador Romeu Zema, por exemplo, é de R$ 10.500,00 mensais, inferior do que os salários de todos os prefeitos das cidades da base do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram).

Em Divinópolis, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) faturou mensalmente, até fevereiro desse ano, R$ 26.877,15. A partir da folha desse mês, o prefeito de Divinópolis terá salário de R$ 28,5 mil, considerando a revisão de 6,33% que será incorporada à folha de pagamento dos servidores municipais, incluindo todos os agentes políticos do município (vereadores, prefeito, vice-prefeita, secretários municipais).

Nos níveis atuais, Gleidson Azevedo recebe R$ 16.377,16 a mais que o governador Romeu Zema, ou seja, 155,97%. A vice-prefeita Janete Aparecida e os ocupantes dos cargos de primeiro escalão, todos comissionados, também ganham mais que o governador. O salário mensal dos secretários, sem a revisão de 6,33% está em R$ 13.928,07.

Na Câmara Municipal, sem a revisão de 6,33%, os salários dos vereadores estão em R$ 10.646,57, praticamente no mesmo nível dos atuais vencimentos do governador do Estado.

Já na Assembleia Legislativa, sem contar as verbas  indenizatórias, o salário de um deputado é de R$ 29.469,99.

SERVIDORES

Com um salário de R$ 28 mil, o prefeito Gleidson Azevedo ignora a difícil situação dos servidores municipais. Esse ano, ele se negou a atender toda a pauta de reivindicações da categoria e concedeu tão somente a revisão de 6,33% nos salários, índice oficial de inflação medido pela Fundação Ipead, mais acréscimo de R$ 2 no vale alimentação, que subirá de R$ 10 para R$ 12 a partir desse mês. Em 2021, o prefeito se negou a conceder a revisão nos salários dos servidores, aumentando ainda mais a perda que a categoria vem sofrendo nos últimos 10 anos.

Mesmo sendo parte de seu discurso e do termo de compromisso assinado com o Sintram em outubro de 2020, Gleidson Azevedo se negou a atender várias outras reivindicações da pauta da campanha salarial, entre elas a alteração da data base de março para janeiro.


Fonte – Comunicação Sintram

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